Alan e Cinara, outro casal que conheci no paraíso.
20:11Cinara, Estou de partida para o Japão mas não poderia deixar de publicar tua história, antes de ir. Os relatos sempre me emociona...
20:11
Cinara,
Estou de partida para o Japão mas não poderia deixar de publicar tua história, antes de ir.
Os relatos sempre me emocionam, sabia? Mas com o seu, além de me emocionar, dei muita risada! hahahahaha.
Que dias incríveis e insuperáveis passamos naquele pedacinho de paraíso, não é?! E olha, definitivamente novembro é um ótimo mês para ir. Estive na Polinésia em novembro de 2014 e de 2015 e fez muito sol. Ahhh, o Tahiti! Realmente insuperável.
Minha querida, foi uma satisfação enorme conhece-la pessoalmente. Que você possa voltar loguinho para reviver os dias de encantamento.
Um beijo enorme e muitas felicidades para vocês.
Obrigada pelo carinho!
Andressa
Eu e o Alan casamos no dia 07 de novembro de 2015. Meses antes, mais precisamente em maio, começamos a pesquisar destinos de lua de mel. Dois lugares nos atraíram naquele momento: Tailândia e Tahiti. Sempre fomos acostumados a viajar sozinhos, sem o suporte de agências de turismo, e dessa vez não seria diferente. Encontramos o blog da Andressa, e mergulhamos em um universo mágico. O Tahiti era definitivamente um sonho possível. Enviei um e-mail despretensioso à Andressa, e ela prontamente respondeu, esclarecendo todas as nossas dúvidas, e indicando uma agência de viagens localizada no Tahiti. Fizemos alguns orçamentos, e logo tínhamos o pacote perfeito: 9 noites no paraíso – 3 em Rangiroa, 3 em Taha’a e 3 em Bora Bora. Depois de ler todos os depoimentos publicados no blog, entendemos que valia a pena investir um pouco mais de grana e tempo de deslocamento para conhecer essas 3 ilhas, e não nos arrependemos. Foi um roteiro magnífico, e se pudéssemos alterar algo, seria aumentar o tempo de estadia. :D
Rota: Fomos via Los Angeles com a United, pois a frequência de voos era maior do que via Chile, e como ainda não conhecíamos a cidade, curtimos alguns dias por lá na ida e na volta. Lembrando que é necessário ter visto para embarcar via US. Além disso, o voo que pegamos era noturno, e chegava de manhã cedinho no Tahiti. Com isso não foi necessário dormir uma noite na ilha principal, como é preciso fazer quando se embarca via Chile.
Bebidas: Vale a pena economizar alguns dólares e comprar bebidas no freeshop. Compramos uma vodka Grey Goose e 2 Veuve Clicquot para brindar os bons momentos que estavam por vir. As cervejas nós compramos no mercadinho local de Rangiroa, e nos próprios hotéis (Le Taha’a e Thalasso). Além disso, dentre outros amenities de lua de mel, ganhamos vinho/espumante em todos os hotéis.
Clima: Fomos em Novembro e pegamos sol todos os dias. Apenas um dia amanheceu chovendo, mas em 1h o sol já apareceu para nos iluminar.
Cartão Ambassador: Como ficamos em apenas um hotel da rede InterContinental, optamos por não fazer o cartão.
Rangiroa – uma ilha incrível para quem curte mergulho. Ficamos no Kia Ora Resort & Spa. O hotel é uma delícia, cercado por coqueiros e aquele infinito azul do céu e do mar. Optamos por ficar no “Big Brother” (ou “Villa with Pool”), pois já ficaríamos em bangalôs sobre as águas em Taha’a e Bora Bora. O quarto era super confortável, e a piscina particular um capítulo à parte! Passamos momentos maravilhosos no Kia Ora. Curtimos o pôr-do-sol lindíssimo visto do deck, acompanhado da cerveja local Hinano. A comida era deliciosa, e com certeza valeu a pena fechar a meia-pensão (o preço dos pratos era bem salgado). Preparávamos sanduíches no café da manhã para comer no almoço, e percebemos que isso era uma prática bastante comum entre os hóspedes. Em um dos dias saímos do hotel em direção ao Tiputa Pass à tarde, para curtir os golfinhos, mas eles não apareceram. Ah, mas nós não perdemos a viagem! Logo ali encontramos um mini mercado, onde compramos Hinanos, Red Bull e protetor solar (sério, o sol do Tahiti parece queimar mais do que em outros lugares rsrsrsrs – abusamos do protetor solar e ainda assim nos queimamos – sorte que o vermelhão virou bronze logo depois). Obviamente as bebidas do mini mercado são muito mais baratas do que no hotel, e por isso valeu a caminhada de cerca de 15 minutos no sol. Na volta ganhamos carona de uma nativa, que nos deixou em frente ao hotel – Maururuuuu!
Em Rangiroa fizemos o passeio full-day para a Lagoa Azul – super recomendamos! Levamos quase 1h de barco até lá, mas eu resisti bravamente e não passei mal. O lugar é lindo, só o nosso barco estava lá, ou seja, dividimos a Lagoa Azul com apenas 6 pessoas. Curtimos o dia, almoçamos churrasco, o Alan colheu côcos e tomamos água de côco direto da fonte. Ali tivemos o primeiro contato com os tubarões black tip, dezenas deles nadando ao nosso redor, no rasinho. Inicialmente eu estava apavorada, mas foi uma boa preparação para o que estava por vir... Ao voltar para o hotel, paramos em um ponto e mergulhamos com tubarões muito maiores – além dos black tips, conhecemos os lemon sharks. Eram tantos no entorno do barco que eles se batiam uns nos outros. Desci do barco com a maior cautela do mundo, mas foi uma experiência única. Superem seus medos e mergulhem com eles! É inexplicável a sensação... o ambiente em que eles vivem é tão harmônico e equilibrado, que eles nem se importam com a nossa presença. Ao voltar para o barco, o timoneiro alimentou os tubarões – nada de ficar na água neste momento – ali o bicho pega! Para finalizar, fizemos snorkel no Avatoru, um dos canais que ligam o mar aberto à lagoa. Mergulhar ali, somente acompanhado de um guia local. Devido à correnteza, ouvimos dizer que pode ser bastante perigoso, mesmo para os mais experientes. Foi outra experiência única! Entramos no canal e deixamos a correnteza nos levar, enquanto curtíamos a rica vida marinha de Rangiroa.
Taha’a – a ilha da baunilha e da pérola negra. Ao chegar em Raiatea, ilha vizinha de Taha’a, percebemos que alguns turistas foram comprar bebidas nos arredores do aeroporto. Nós acabamos ficando por ali mesmo, aguardando o barco que nos levaria até o Le Taha’a Island Resort & Spa. Ao chegar no hotel, fomos muito bem recebidos pelo atencioso gerente do resort, com um delicioso chá de baunilha. Aliás, o carinho e a disponibilidade dos funcionários do Le Taha’a tornaram nossa estadia ainda mais inesquecível. Eles estavam sempre prontos para nos atender e nos cuidar. Um exemplo disso foi um dia em que eu estava na piscina, e comecei a sentir alguns indesejados mosquitinhos ao meu redor. Eu pisquei o olho e lá estava um dos funcionários, estendendo a mão com um repelente. Sério, absolutamente todos os nossos pedidos foram atendidos com muita agilidade e gentileza. Sem dúvidas, foi a nossa melhor experiência em termos de atendimento. Para completar, nosso overwater bungalow era lindamente decorado com inspiração polinésia, e tinha uma vista de tirar o fôlego: aquele mar do Tahiti, algumas ilhotas cheinhas de coqueiros, e Bora Bora ao fundo. A comida do Le Taha’a era tão boa quanto a do Kia Ora, ótima experiência gastronômica!
Durante a nossa estadia, fizemos um full-day tour que incluía almoço em um motu, visita a uma plantação de baunilha (a parte menos interessante do passeio) e visita a uma fazenda de pérolas negras. É claro que não perdi a oportunidade, e comprei um lindo pingente de pérola negra.
Sobre Taha’a, nossa dica é: não deixem de mergulhar no jardim de corais, que fica ao lado do Le Taha’a. É lindo demais! O hotel empresta sapatilhas e snorkel. Nós levamos nossos próprios snorkels, e pegamos sapatilhas emprestadas (são mandatórias para mergulhar nos corais).
Deixamos Taha’a, ansiosos para conhecer Bora Bora, mas com o coração transbordando de felicidade e gratidão. Vivemos dias espetaculares na ilha da baunilha!
Bora Bora – a internacional! À medida em que o avião se aproxima de Bora Bora, já dá pra ter uma ideia do que nos espera lá embaixo... A ilha é de tirar o fôlego! É o paraíso, sim! É tudo o que imaginávamos, e mais um pouco. Uma lancha do InterContinental Thalasso nos buscou no aeroporto e fomos para o hotel. Depois de todo o carinho recebido em Taha’a, confesso que ficamos um pouco frustrados com o Thalasso. Primeiro, pois nossas bagagens demoraram a chegar em nosso bangalô. Depois, pois tentamos abrir a cortina para curtir a vista do quarto, e ela estava emperrada. Ligamos para a recepção, que enviou um funcionário que não falava inglês, e o pouco que conseguimos entender era que eles arrumariam somente no outro dia. Fomos até o front desk, que nos confirmou a informação. Questionamos a possibilidade de trocar de bangalô, mas o hotel estava lotado. Por fim, consertaram a cortina no mesmo dia, durante o nosso jantar, e por este pequeno inconveniente, ganhamos drinks cortesia. Passada a situação descrita, relaxamos e chegamos à conclusão de que o Le Taha’a é que é especial e diferenciado. O Thalasso é maravilhoso, mas é uma rede internacional, muito maior e menos personalizada. A comparação seria injusta.
Em resumo, Bora Bora é imperdível. Ir ao Tahiti e não visitar Bora Bora é um crime. A não ser que você seja a Andressa, e já tenha ido pra lá muitas vezes antes. Rsrsrsrs. Fizemos um passeio para mergulhar nos corais, alimentar arraias (Medo! Elas são gosmentas e ásperas ao mesmo tempo, e ficam te perseguindo enquanto tu estás na água, em busca de comida rsrsrs), e mergulhar com tubarões gigantes em mar aberto. Aqui vale um parênteses: nosso guia mergulhava com os tubarões desde os 8 anos de idade. Ele nos disse que os tubarões já conhecem ele, só pela maneira como ele toca nos bichos. É impressionante a sintonia entre eles... o guia pegou nossa GoPro e foi em direção aos tubarões. Fez um vídeo incrível e tirou fotos muito bacanas. Uma delas está aqui...
Tentamos fazer parasail por dois dias consecutivos, mas o vento não colaborou, e acabamos indo embora sem curtir essa experiência. Se vocês realmente querem fazer este passeio, agendem para o primeiro dia, pois se o clima não estiver propício, vocês podem transferir para os dias seguintes.
Em Bora Bora tivemos o prazer de conhecer a Andressa, que tanto nos ajudou. Lembro bem do dia em que fizemos a transferência bancária para a agência, e eu olhei pro Alan e disse: “Amor, se isso for um golpe, foi muito bem tramado, e merecemos cair nele” Hahahahahah! Imagina, a Andressa existia mesmo, e era realmente uma pessoa iluminada, um anjo que ajuda a transformar sonhos em realidade. Muito obrigada, Andressa, pessoas como você nos fazem acreditar em um mundo melhor.
Cinara Veeck Costa