O Tahiti, para Josi ... (Junho de 2015)
09:45Querida Josi, Estou super emocionada. Pelo carinho, pela gentileza, pela riqueza de detalhes do teu relato, por reviver ...
09:45
Querida Josi,
Estou super emocionada. Pelo carinho, pela gentileza, pela riqueza de detalhes do teu relato, por reviver todas as sensações que a gente bem conhece - pré e pós Tahiti. Estou feliz porque tua experiência vai motivar muita gente.
O relato é teu, mas bem que poderia ser meu. Me vi na parte da história do sonho distante lá nos anos 90, da dificuldade de informação e da certeza que, um dia, eu também iria para lá.
Foi ótimo te acompanhar "de longe, de perto - e de muuuuito perto" (via WhatsApp) enquanto você estava na paraíso! Saiba que me sinto responsável pelos meus viajantes!
Espero que, diante de todo esse encantamento que compartilhamos, você possa voltar quantas vezes quiser ao Tahiti! E que a vida siga sendo doce e bela para você. Ah, e sempre, sempre AZUL!
Beijos,
Andressa
Oi Andressa,
Tudo bem? Primeiramente desculpa pela demora do depoimento,
acho que eu estava enrolando, porque escrever o relato era como se eu admitisse
para mim mesma que o sonho acabou...
Sim, porque desde que cheguei de viagem em junho é como se eu
estivesse vivendo uma “ressaca” dentro de mim. Foi a realização se um sonho
muito antigo e grande, que me emocionou demais, e depois que eu cheguei, isso
me preencheu muito e ao mesmo tempo deu um vazio, difícil explicar. O que
importa é que são sentimentos bons, e foi tudo inesquecível mesmo, está marcado
no meu coração para sempre.
Agradeço a você não só pelas dicas que foi me dando ao longo
da preparação da minha viagem, mas por ter acompanhado de longe e tão perto
toda a minha ansiedade e vibração em cada detalhe fechado e na contagem
regressiva. Você entendia o que eu estava sentindo e isso me deixava mais feliz
e entusiasmada. Nunca vou esquecer que nos últimos dias antes da viagem eu
estava com insônia de tanto nervoso e expectativa, e você me chamou no whatsapp
e ficamos conversando até de madrugada sobre tudo da viagem e muitas outras
coisas da vida... Aquele dia me fez muito bem!!! Que você possa realizar seus sonhos
antigos e criar novos ao longo da sua vida, e que você tenha saúde para
vivê-los e sabedoria para correr atrás e saber esperar por cada um deles.
Espero conhecê-la pessoalmente um dia. Venha em BH e será recebida com Pão de
Queijo e Creme Brullé com Baunilha de Tahaa. Com carinho, Josi
O meu sonho começou de forma “baranga”, eu era
pseudoadolescente e vendo uma revista Caras vi as fotos da Lua-de-mel da
Guilhermina Guinle com o Fábio Júnior, hahaha. Lembro que fiquei arrepiada na
hora e hipnotizada com a beleza do lugar e naquele instante me fiz uma promessa
interior: “eu não vou e nem posso morrer sem conhecer esse lugar”. Tudo que eu
tinha era um nome: Bora Bora... Eu não tinha idade, dinheiro, compania, ousadia,
internet, enfim, eu não tinha nada que pudesse me dar uma idéia de como eu
faria para conhecer aquele lugar, mas eu tinha o NOME BORA BORA gravado na
minha cabeça, e para mim, naquele momento, era o suficiente. Os anos se
passaram, e eu cheguei a juntar recortes de propagandas de revistas que citavam
aquela ilha, pois era a única fonte que eu tinha, já que não havia internet.
Fui concluindo algumas coisas: era longe demais, caro demais e bonito demais,
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Quando comecei a usar internet, por várias vezes passava
horas da madrugada jogando no Google o nome da ilha e “viajando” em fotos,
hotéis, cor do mar, peixinhos, bangalôs, cor do mar de novo. Era surreal tanta
beleza... Minha diversão era abrir o programa Google Earth em Belo Horizonte e
escrever Bora Bora, e depois ver a tela andar por um mar sem fim azul marinho e
de repente no meio dele, surgir aquelas manchinhas Azul Thaitiano clarinho que
iam ficando maiores á medida que a tela se aproximava. (Sim, descobri um novo
tom de azul. Tem o azul bebê, turqueza, marinho, Royal, cor do céu, e agora, o
azul Tahitiano). Anos se passaram, eu me casei, conheci alguns lugares muito
bonitos, mas não me bastava pois o mais desejado ainda não tinha acontecido, e aquele
sonho foi só crescendo. Com quase 6 anos de casada eu já tinha a Idade, a
Compania certa, a internet para ajudar, parte do dinheiro (que fui juntando
numa “caixinha pessoal” à parte), a Ousadia, e de brinde a Andressa,
kkkkkkkkkkkkkk. Pois bem, após gastar todas as palavras que eu conheço do
dicionário para convencer o Maridão que aquele era o momento certo, decidimos
viajar. (como era no momento pré-crise, meu último argumento foi que se não
fosse naquela hora, talvez não seria nem nos próximos 10, 20 anos... E a crise
que está vindo? E os filhos? E a saúde que a gente não sabe como estará? Enfim,
essa é a minha primeira dica no depoimento: Sonhe sem ter medo, trabalhe muito,
Corra atrás dos sonhos, e faça acontecer, pois a gente não sabe o dia de amanhã
e também nada cai do céu).
Sempre fiz minhas viagens por conta própria, olhando e
reservando tudo, pois além de ficar mais barato, eu adoro “viajar” antes de ir.
Mas dessa vez ficou mais em conta fechando a parte de terrestre de hotéis,
transfer e voos internos com uma agência de lá indicada pela Andressa. Vou
tentar ajudar os próximos leitores primeiramente respondendo algumas perguntas
de dúvidas que eu tive, depois descrevendo os fatos.
·
Por
onde começar:
Compre a passagem aérea internacional o quanto antes, pois ao
contrário de outros destinos, elas não abaixam de preço á medida que o tempo
vai passando, e você poderá dividir de mais vezes no cartão de crédito, e ir
pagando sem sentir tanto.
·
Por
onde ir:
Eu optei por ir através de Santiago. A outra opção é ir via
Los Angeles mas estava mais caro e demorado. Como moro em BH, fiquei quase 30
horas em trânsito até chegar em Papeete, pois tive que pegar um Vôo para Sampa
bem cedo e depois para Santiago. Ou seja, cheguei virada do avesso pois essas 30
horas começaram a contar a partir de minha saída para o aeroporto que foi 03:30
da manhã, para pegar o primeiro voo. A minha dica é a seguinte: Os voos para
Papeete saem de Santiago somente ás segundas por volta de 16:30 da tarde;
dentro da passagem internacional, escolha o trecho para Santiago no domingo, e
durma 1 noite no hotel mais próximo do aeroporto, acorde tarde, almoce e vá
para o aeroporto pegar esse voo da tarde. Acredite em mim que fará toda a
diferença pegá-lo mais descansado, pois depois disso serão mais quase 13 horas
em trânsito (umas 5:30 até a ilha de Pascoa, depois você desce na Ilha só para
fazer a saída do país já que ela pertence ao Chile. Essa palhaçada durou quase
1:30 de fila ao ar livre num frio e vento de morrer, depois mais 5:30 para
chegar a Papeete.) Tudo tranquilo se a gente tivesse tido uma noite de sono.
Então, para quem já está gastando com a viagem, gaste uns 80 dólares a mais
para dormir 1 noite em Santiago somente para descansar mesmo. Faça o mesmo na
volta dormindo 1 noite em Santiago ou estique uns dias por lá, lembrando que a
passagem internacional geralmente te permite trocar o dia da volta do último
trecho sem alterar o valor.
·
Quantos
dias ficar?
como o vôo é semanal
tem que escolher entre 1, 2,3... semanas. Na minha opinião, 1 é pouco, 2 é bom
e 3 é... Não, não seria demais, rsrs. Para quem acha que ficar 2 semanas como
eu fiquei, fica muito caro quase dobrando o valor da viagem, faça como eu:
divida os 14 dias em 4 ilhas, fique em hotel TOP em 2 Ilhas e em lugares simples
e mais baratos em outras 2. A passagem é muito cara, o lugar é muito longe para
chegar, mas é um paraíso, então vale a pena as duas semanas.
·
Quais
ilhas escolher?
Leia bastante sobre as
ilhas antes de definir seus interesses. Para quem vai ficar 1 semana, a minha
sugestão é Bora Bora e Rangiroa (infinitas vezes mais bonita que Moorea, a mais
conhecida). Para duas semanas, eu incluí Tahaa (pois fiquei super curiosa pelas
fazendas de Baunilha e pelos jardins de corais, que são a coisa mais linda que vi
na vida, inclusive), e Moorea. Deixei 2 dias para Rangiroa, 3 para Moorea, 3
para Tahaa, e 6 para Bora Bora no final, lembrando que desses dias vc sempre
perde meio dia em cada ilha, que é o dia que vc se desloca entre uma ilha e
outra, check-in, etc. A única coisa que eu trocaria na minha divisão é tirar um
dia de Moorea para acrescentar em Rangiroa. Pegue os voos mais cedo possível
entre as ilhas, pois eles são bem tranquilos e você já chega ao destino mais
rápido para aproveitar. Acordar cedo não será problema nenhum, porque o fuso é
favorável para isso e sempre se dorme cedo por lá. Nunca imaginei na minha vida
acordar tão cedo espontaneamente e tão bem humorada, kkkkkkk. Como depois de lá
nunca mais acordei cedinho e feliz daquele jeito, rsrs
·
Fechar
com agência ou não?
Bom, eu acabei fechando com o Herald, que trabalha em uma
agência lá no Tahiti mesmo, porque fiz a minha cotação pessoal pela internet e
por email com os hotéis, e o valor que eu consegui apenas com café da manhã era
o mesmo valor que ele estava conseguindo para mim, porém já com meia pensão,
que dá direito ao jantar no hotel. Além disso, ele comprou os voos internos,
ferry para Moorea, todos os transfers (o que foi um sossego chegar lá com uma
plaquinha me esperando, já que vc desce no meio do nada e em aeroportos que são
só uma salinha, e alguns passeios). O bom foi que fechei com ele com
antecedência, então paguei tudo dividido. Todo mês eu solicitava a ele o link
de um valor que eu escolhia pagar, e assim fui pagando a viagem de acordo com
minha disponibilidade, além de ter viajado com tudo pago, que foi ótimo. Em
Tahaa, fechei por conta própria, pois eu precisava realmente de um lugar com o
menor custo possível para balancear com os outros hotéis, e a pousada que
gostei (e super indico também: LA PERLE DE TAHAA), o Herald não trabalhava com
ela. Escolhi fazer isso em Tahaa, pois é uma ilha com muita coisa para fazer,
então vc quase não fica no hotel. Tem os Jardins de corais, que vc passa o dia
nele mergulhando e aproveitando, e o passeio pela Ilha, onde visitamos fazendas
de Baunilhas, fazendas de Pérolas negras, e fizemos um super tour pela Ilha com
o Roberto, dono da pousada.
Agora vamos ás dicas por ilha: (acho que a Andressa vai ter
que colocar meu depoimento em episódios, kkkkkkkkkkkkkk
RANGIROA:
Ficamos no hotel Maitai e amei.
Escolhemos ele por ficar bem mais barato que o KIA ORA, que parece fantástico
também, mas como eu disse acima, para eu ficar 15 dias lá, tinha que escolher 2
ilhas para ficar em hotéis menos caros, rsrs. Me surpreendeu!!! A recepção foi
ótima, os funcionários eram sempre gentis com a gente. Já na chegada ganhei um
colar de flores naturais, e lá vinha aquele cheirinho da flor típica de lá me
perseguindo novamente (eu fiquei mal acostumada em ganhar colares, quando
chegamos em Moorea e não ganhamos achei super sem graça kkkkkkkkkkk). Além
disso, como havíamos mencionado que era uma viagem para comemorar nossos 6 anos
de casados, tinha no quarto de presente uma blusa para meu marido e uma
pulseirinha para mim de couro com uma pérola negra. Coloquei no braço e só
tirei em BH, com muita dor no coração. O quarto são mini chalés espalhados
pelos jardins, alguns ficam mais próximos da praia e outros mais perto da
entrada do Hotel. Era super limpo, a cama muito boa e uma varandinha que a
gente ficava tomando um vinho geladinho antes de ir jantar. O frigobar, como
nos outros hotéis que ficamos, era muito ruim. Resfriava mas não gelava nada.
Mas sempre que vc pede balde com gelo eles emprestam com boa vontade. O café da
manhã é de frente para o mar azul lindo e tudo muito gostoso. Amei os jantares
lá... Eu comi a mesma coisa nas duas noites, pois tive medo de me arrepender:
salada de Mahi Mahi com leite de coco de entrada e peixe com molho de baunilha
de jantar. O cheiro desse molho impregnou na minha memória para sempre!!! No
dia que chegamos, marcamos o passeio para o Blue lagoon para o dia seguinte, e
passamos o resto do dia fazendo caiaque e snorkel na praia em frente hotel.
Muuuuuuuuuuuuitos peixes coloridos e curiosos. Fiquei tão feliz, me sentia em
casa mergulhando e “perseguindo” os mais bonitinhos... Meu marido saiu da água,
e como eu pirracei que queria ficar mais, ele assentou no píer e eu fiquei, aí
ele gritou “olha o tubarão”. Corri e saí “catando cavaco” da água. Eu não sabia
se era verdade, mas na dúvida, corre primeiro e briga com ele depois, rsrs.
Resultado: era mentira, porém mais ao entardecer vimos um tubarão passando onde
estávamos nadando, ainda bem que não dei de cara com ele J.
A piscina do hotel é uma delícia e em
frente ao mar, ou seja, a melhor vista que vc pode querer, e ainda dá para
tomar uns drinks por lá ao entardecer esperando o pôr do sol. Conclusão, super
recomendo o HOTEL MAITAI.
Dia seguinte: BLUE LAGOON. É o passeio
que dura um dia todo. Demora 1 hora de barco para chegar no destino mas passa
voando. Quando eu mostrava as fotos dos tubarões desse passeio para meu marido
antes da viagem, ele falava que eu era louca, que estava procurando morrer na
boca do tubarão, que ele não ia descer do barco, etc... E eu rebatia sempre
muito corajosa, que eles eram mansinhos e com a cadeia alimentar equilibrada,
que ia fazer uma selfie corajosa com eles e blá blá blá. Resultado: assim que o
barco para em um mar azul de doer as vistas, já numa parte rasa, váaaaarios
tubarões circulam o barco, todo mundo se assusta mas os guias vão descendo e
mostrando que está ok. Adivinhem quem foi o último a descer do barco? Meu
marido? Não... EU!!! Kkkkkkkkkkk. Fui a última e quase fiquei lá dentro de
medo, a coragem foi toda embora, rsrs. Mas depois logo vi que eles eram amigos
mesmo, hihi. A gente passou o dia nesse lugar maravilhoso, com tons de azul que
iam ficando mais clarinho até chegar no branco, a água super quentinha para
nadar. E nadamos o dia todo com muitos peixes e filhotes de tubarão nos
circulando o tempo todo. No almoço os guias montam uma brasa e fazem churrasco
de filé de peixe entre outras coisas, foi delicioso!!! Quando entramos no barco
para ir embora, após poucos minutos no mar os guias param o barco em alto mar
perto de uns corais e anunciam que seria uma última parada para snorkel do
passeio. Nós que já estávamos satisfeitos com aquele dia de beleza e emoções,
de roupa seca, resolvemos não pular, até que a Italiana que eu fiz amizade
começou a gritar de dentro do mar toda empolgada. Não pensei duas vezes, tirei
a roupa correndo e pulei, mas quando coloquei o snorquel e a máscara, quem
começou a gritar fui eu, os “PAIS” dos filhotes que nadamos estavam todos lá
nadando entre a gente, eram enormes. E se não bastasse, abaixo dos nossos pés
começaram a passar Tubarões Limão gigantes. Eu gritava tanto através do tubo do
snorkel para meu marido pular também, que os outros turistas não sabiam se riam
ou se mergulhavam, kkkkkkkkkkkk. Um vexaminho básico... Ele pulou e quando viu
o tamanho da brincadeira voltou para o barco rapidinho, e eu, dessa vez, fui a
última a subir. Aí com todos de volta no barco os guias jogam no mar os restos
de carne do almoço, e surge na superfície uns 300 tubarões devoradores ferozes.
Jamais eu teria entrado se essa cena final tivesse sido a inicial, rsrs.
Voltamos tão felizes e com a adrenalina na alta que não tem como descrever,
estávamos nos achando os “desbravadores dos 7 mares”, hahaha.
Dia seguinte antes de pegar o voo para
Papeete (para pegar o ferry para Moorea já que não tem voo direto entre as 2
ilhas), fomos na fazenda de Pérolas Negras chamada GAUGUIN. Valeu muito a pena,
eles nos buscaram e deixaram na pousada, vimos ao vivo a cirurgia feita na
ostra para retirada da pérola e colocação de novo núcleo sem matar a ostra, foi
emocionante. Arrependi de não ter comprado pérolas por lá, pois a loja é super
organizada, e as pérolas divididas por tamanho, classificação, etc. Deixei para
comprar em Tahaa. Na hora de ir embora do hotel, a mesma moça que nos recebeu
veio despedir e colocou em nosso pescoço um colar de conchas. Não entendi uma
palavra do que ela disse, mas senti muita vontade de chorar, e no meu
sentimento, esse colar é como se fosse pra gente nunca esquecer daquele lugar
tão especial!!! O ferry boat para Moorea foi bem tranquilo...
MOOREA:
O transfer do porto do ferry ao hotel
foi bem demorado. A ilha é bem maior. Ficamos no Intercontinental, e
conseguimos um upgrade com o Herald para o Bungalô em cima da água, então nem
precisamos fazer o cartão Ambassador, pois em Bora Bora ele também nos deu esse
upgrade. O hotel é imenso, lindo, mas não somos tratados tão próximos quanto no
de Rangi. Para mim o que mais valeu é o quarto. Ficamos no 501, é o bangalô que
fica em cima dos golfinhos. De um lado da varanda estão os golfinhos o dia
todo, á frente a vista do mar aberto, e do outro lado a vista linda do mar
esverdeado com os outros bangalôs rodeados por uma mata fechada. É um visual
bem diferente de Rangi porém muito lindo também. Eu ficava na varanda o tempo
todo tentando conversar com os golfinhos, claro que sem muito sucesso,
kkkkkkkkkkk. Era uma delícia acordar e dormir com o barulho deles pulando na
água e dando aquelas respiradas altas toda hora. Não sei se eu tivesse ficado
em outro quarto teria gostado tanto do hotel. A limpeza do quarto era
excelente, o café da manhã ok. Tinha muita opções, mas não me encanta muito
aquelas comidas americanizadas ou “ajaponezadas” para atender todos os gostos.
Enfim, gostei mais do café de Rangi. Senti falta de sucos mais naturais. Eu
imaginava que seria uma fartura de sucos frescos de frutas diferentes, mas me
parece que eram sucos de caixinha colocados na jarra. A piscina do hotel é
ótima, e a região é uma delícia para andar de caiaque. Já para snorkel eu não
gostei. A água era meio verde, poucos peixes quando comparado á Rangiroa e
ainda tinha umas cobras esquisitas no fundo do mar que me davam medo. A dica
que eu dou é ficar no Itercontinental no quarto 501 (realmente tem todo o
diferencial ficar com os golfinhos), ou ficar em outro hotel em MOorea que fica
numa região da ilha com a água mais azul. (Se não me engano é o sofitel, mas
não tenho certeza). Fizemos apenas o passeio de quadriciclo que foi delicioso.
Metade do trajeto meu marido dirigiu e metade fui eu, claro que com muito mais
emoção na minha vez, rsrs. Mas não se esqueçam de levar dinheiro. Como o
passeio estava pago saímos levando somente água, mas tem paradas em um lugar de
sucos naturais e uma outra em uma loja com várias bebidas típicas, ficamos só
na vontade. Achei Moorea com uma beleza bem diferente e exótica, mas recomendo
ir pra lá apenas quem vai ficar mais de uma semana, pois Rangiroa é mais
bonita. Inclusive eu tiraria 1 dia de Moorea e acrescentaria em Rangiroa. De lá
pegamos um voo para Tahaa.
TAHAA e BORA BORA:
Chegamos na ilha e pegamos um barco
que o Roberto dono da pousada (um italiano que morava na França e largou tudo
para morar em Tahaa) havia reservado para nos levar. A ilha vista do céu é
chocante... Chegamos na pousada LA PERLE DE TAHAA e o Roberto nos recebeu
mostrando os quartos e explicando os passeios. A impressão inicial foi um pouco
frustrante. Como estávamos vindo de um hotel muito grande, começamos a achar
que não gostaríamos, pois o quarto era bem menor, quente demais, a estradinha
passa logo na porta da pousada, etc. Estávamos enganados, a estadia em Tahaa
foi maravilhosa, o melhor jantar da viagem foi lá, fizemos amizade, interagimos
muito com locais e vimos coisas maravilhosas. A pousada não tem restaurante
(mas o Roberto já estava organizando para começar a funcionar um lá. Ele está
namorando uma Belorizontina que é chef de cozinha e está indo morar com ele. Dá
para acreditar?), então ele resolveu tudo pra gente: cada dia iríamos comer em
um lugar diferente levados por ele, e os próximos 2 dias de passeio seriam
também organizados por ele. O quarto era limpíssimo e super novo e fica no
jardim da pousada. Não tem ar condicionado, mas os 2 ventiadores ligados a noite
toda foram suficientes para uma noite tranquila. Nossos vizinhos de bangalô eram
um casal de uma Russa e um Peruano, que logo fizemos amizade e todos os
passeios e jantares juntos. No dia que chegamos ficamos curtindo a água em
frente a pousada um pouco (não tem muita graça) e curtindo a vista. Da pousada
dá para avistar do outro lado do mar o Hotel chiquérrimo LE TAHAA. A noite
Roberto nos levou para comer pizza no restaurante do amigo dele Franco.
Confesso que fui com um certo preconceito. Como assim comer pizza naquela ilha
sendo que eu poderia comer um super peixe? Mas chegando lá entendi... É pizza
como só se come na Italia, massa fininha e recheio de qualidade, para vc comer
uma sozinha com as mãos, delícia. O lugar é simples mas o resto todo
surpreende. Franco trabalhou como chef de Cozinha no Le Tahaa, depois saiu de
lá e montou seu próprio negócio com a esposa.
No Segundo dia fomos aos jardins de
corais. Pagamos diretamente ao Roberto pela travessia de barco e um almoço que
teríamos lá. Para ir aos jardins, era uns 5 minutos de barco apenas,
atravessando para o outro lado da ilha. Quem nos levou foi um Guia local, que
não falava uma palavra a não ser em Taitiano, tentávamos nos comunicar somente
com mímicas e olhares, ou seja, nada, kkkkkkkkkkkk. Mas rendeu boas risadas e
deu tudo certo. Os jardins de corais embaixo da água foi a coisa mais linda que
já vi na vida. Você vai a pé pela a areia até o inicio deles e entra na água. E
vai descendo pela correnteza até o final deles. Foram peixes e cores
incríveis!!! A transparência da água é inacreditável. Não deixem de levar a
sapatilha de mergulho para não machucar o pé (não dá nem para entrar sem ela na
verdade), e uma boa máquina á prova d´água para fazer fotos e filminhos
daquelas maravilhas. É como se vc estivesse mergulhando em um aquário gigante
completamente colorido e sem fim, porque é enorme. Quando finalmente chegamos
ao fim dele, fomos pela areia e descemos tudo de novo, um show da natureza, sem
contar que o NEMO do filme mora lá J, e teve um peixe que me deu um beijo
na boca (tenho provas disso, hahaha) Até polvo vimos. Almoçamos na areia,
preparado por uma senhora local, tomamos algumas Hinanos (cerveja local
maravilhosa), caminhamos até o Le Tahaa e passamos um dia especial... A noite,
voltamos ao restaurante do Franco, mas dessa vez ele tinha preparado um jantar
Gourmet pra gente a um preço fixo suuuuper justo, e nos surpreendeu. Estava
tudo arrumado com charme para nos receber, e cada prato era mais lindo e
gostoso que o outro. Levamos vinho e pronto, fechamos aquele dia com chave de
ouro.
Dia seguinte o café já estava
arrumado. É servido em uma mesa grande do Roberto e ficamos juntos com os
outros hóspedes. Ele prepara frutas deliciosas, mel e geleias caseiras, faz um
café típico italiano bem forte que eu adoro, entre outras coisas. Pouca
variedade, sem frescura e muita qualidade, do jeito que eu gosto. Partimos para
o passeio pela ilha. O Roberto mesmo que nos leva e fomos nós mais 2 casais na
carroceria da caminhonete. Roberto é um apaixonado pela ilha e conhece todo
mundo lá, então foi um dia em que vivemos realmente a cultura local da
Polinésia. Fomos ás fazendas de baunilha com um perfume matador, fazenda de
pérolas, comemos crepe caseiro divino em uma parada na casa de uma senhora,
paramos em alguns mirantes para ver aquele mar azul maravilhoso, e depois ele
parou em um supermercado para fazermos a matula de vinho. O jantar dessa noite
foi o mais delicioso de toda a viagem. Roberto combinou com um amigo que
cozinha em um restaurante de lá mas estava de folga, de ir na pousada cozinhar
pra gente. Quando subimos para a área das mesas estava tudo lindo e impecável
para nos receber. O jantar foi servido em uma mesa grande com várias opções e
cada um se servia. Era indescritível a beleza e sabor dos pratos: filés de
peixe grelhados com molho de baunilha de Tahaa (ele tá me devendo a receita
desse), carpaccio de atum com um molho de limão curtido no sal maravilhoso,
camarão (enormes), salada de Mahi Mahi no leite de côco, arroz de jasmim (eu
que não sou boba nem provei esse, rsrs), entre outras coisas. Foi um verdadeiro
banquete inesquecível. Se não bastasse isso, o cozinheiro após o jantar ficou
horas tocando e cantando músicas locais pra gente. Vinho vai, vinho vem, até
ula ula com a Russa eu dancei!!!
Dia seguinte muito cedo, hora de
despedir, hora triste, engasga a gente... Roberto nos levou até o píer para
pegar o barco e despediu da gente com fotos, muito sorriso e... Um colar de
conchas, fui embora no barco chorando... Ele ficou dando tchau até o barco
perder de vista. A sensação era de deixar para trás um amigo, que nos fez tanto
rir e nos apresentou coisas tão lindas. No caminho do aeroporto fomos nos
divertindo e curtindo a ressaca com Roberto e Ekatarina, o casal que ficamos
amigos. Eu era a mais feliz, porque embora tivesse dormido super pouco e estava
todo mundo de ressaca, eu estava a caminho do aeroporto para ir para Bora Bora,
finalmente o destinho tão esperado. Aquilo me ligou uma pilha por dentro que eu
não conseguia parar quieta. Meu marido e o casal tomando café em silêncio no
aeroporto e eu não consegui nem assentar de tanta ansiedade. Andei pra lá e pra
cá igual doida e não conseguia calar a boca também, kkkkkkkkkkkk. Resultado,
pegamos a fila para o voo (éramos os últimos da fila), e na hora de entregar o
bilhete, estávamos na fila de um voo para outra ilha, hahaha. O nosso era daqui
a 15 minutos, como lá é só uma salinha, não tem nada eletrônico, então o
negócio é ir para a fila 5 minutos antes do horário do seu voo que dá tudo
certo. Pegamos o voo e realmente foi o embarque mais feliz e esperado da minha
vida. Depois de ter vivido tanta coisa linda nas outras ilhas, estava com medo
até de me decepcionar e não achar tanta graça. Mas poucos minutos de voo já
aparece Bora Bora do alto: linda de viver, azul estonteante, e com aquele Monte
Otumanu no meio tão imponente. Nunca na minha vida vou esquecer a emoção de ver
aquela vista do avião, tão sonhada por mim e namorada por fotos de internet,
estava ali, na minha frente. Fiquei sem fôlego, comecei a chorar e não consegui
dizer uma palavra!!! Viajei do jeito que sonhei: de vestido, chinelo, flor
natural no cabelo e 4 colares de conchas no pescoço (roubei os do Gian), quando
descemos aquele era só o início de mais 6 dias maravilhosos. Ganhamos colares
de flores naturais perfumadas já na entrada e pegamos o barco para o Hotel. O
caminho de barco é uma coisa de louco, cada hora um azul diferente, não da para
explicar. Deixamos o melhor hotel para o fim da viagem, ficamos no Thalasso,
onde todos os bangalôs são “casinhas” sobre a água enormes. O hotel é
inexplicável de lindo, logo na chegada fomos recebidos com chá gelado de
baunilha, que por sinal, trouxe um monte de viagem para tomar e lembrar de lá.
Como o check-in não estava liberado, eles disponibilizam a chave de um
quartinho para deixar as malas e com banheiro completo e com tudo que a gente
precisasse. Uma “mão na roda” isso. Fomos conhecer todos os cantinhos do hotel
e estávamos maravilhados. Redes enormes na areia, capela em cima da água, o mar
mais bonito que nas fotos, restaurantes lindos. A mulher que fez um tour com a
gente naqueles carrinhos explicando o hotel não foi nada simpática, parecia que
ela tinha engolido um gravador em inglês, falou super rápido e no final
perguntou se tínhamos alguma dúvida, eu respondi em pensamento “todas”, mas nem
falei nada para não render, queria que ela liberasse a gente logo. O quarto era
uma loucura, enorme, limpíssimo e com vários ambientes. Tem uma varanda com uma
mesa e espriguiçadeiras, e abaixo um tablado de madeira com uma ducha e uma
escadinha para entrar direto no mar. Estava todo decorado com as florzinhas
brancas cheirosas que eu esqueci o nome. A cama tem a parede da frente toda em
vidro que vc fica vendo o mar. A banheira não é de hidromassagem, mas é também
com a vista para o mar e tem um suporte de madeira para apoiar taças. O
banheiro é enorme e todo separado por ambientes. Ficamos desorientados, porque
não sabíamos por onde começar. Liguei a banheira pra encher, liguei água para
ferver e tomar mais chá de baunilha, perdi o Gian dentro do quarto, hahaha,
corríamos pra lá e pra cá sem saber se a gente pulava na cama, no mar, na
banheira, na ducha. Enfim, era tudo que imaginávamos e mais um pouco. O mar
embaixo dos quartos é extremamente transparente mas não se vê muitos peixes, a
não ser muitas arraias. O mais divertido do hotel era ficar dando saltos
ornamentais da varanda para o mar, andar de caiaque nos arredores e curtir o
quarto. A água não dava pé, mas era bem quentinha e tranquila. Um dia o Gian
desapareceu, e como largou tudo para trás, chinelo, snorkel, etc, fiquei
preocupada de verdade achando que ele tinha sido abdusido ou afogado. Não tinha
sinais dele ter saído do quarto pela porta nem pelo mar. Depois de uns 10
minutos aparece ele de caiaque, tinha nadado até a praia do hotel, buscou o
caiaque e levou até o quarto, rsrs. Dia seguinte eu fui imitar toda corajosa
mergulhando ate a praia, quando a água começou a ficar turva por causa da areia
que subiu, quase morri de medo mergulhar e dar de cara com uma arraia. Tava
longe para voltar para o quarto nadando e longe para chegar na praia.
Resultado: virei de costas e fui batendo o pé com força para chegar mais rápido
na praia. Peguei o caiaque e fui para o quarto com cara de super corajosa,
claro.
Em Bora Bora só fizemos 2 passeios. O
Jet Ski, que são 2 horas contornando a ilha de Jet ski atrás de um guia que vai
na velocidade máxima. Por incrível que pareça deu bastante medo, pois quando o
nosso saía do vácuo de água do dele, a gente quase virava e caía. Mais
emocionante ainda foi quando eu comecei a pilotar, aí a aventura ficou
adrenalina mesmo, rsrs. O passeio é lindo pois estava um sol de rachar o que
deixava a água mais transparente ainda. São vários tons de azul inesquecíveis.
Eu chamaria esse passeio de: 50 Tons de Azul J. NO meio tem uma parada em uma ilha
onde eles nos dão frutas frescas picadas cobertas com o “parmesão” Taitiano,
que é um côco que eles ralam na hora com uma ferramenta de metal bem rústica.
O outro passeio foi o dia todo para
nadar com arraias e tubarões, mas esse dia estava nublado e chuviscando.
Tentamos cancelar o passeio mas eles não deixaram, alegando que a água estava
super clara e calma, o que não atrapalhava o objetivo do passeio. E realmente,
foi uma delícia, a visibilidade incrível, interagimos muito com as arraias mas
nem tanto com os tubarões. Como eu disse na hora que eu desci do barco: “esses
tubarões daqui não estão com cara de muitos amigos”. Então ficamos mergulhando
com eles e com elas, e com a adrenalina na alta, já que eles passam do nosso
lado o tempo todo. Aí sim rolou a tal “selfie corajosa”, hehe. As arraias são
bem mansinhas e simplesmente enormes. Elas ficam tentando subir na gente
achando que estamos com peixinhos na mão
para elas sugarem. No começo dá medo, mas passa rapidinho. Depois dessa parada
o barco para em uma ilha para relaxarmos e almoçarmos. Fizemos esse passeio com
a empresa do NONO e recomento. Eles são super simpáticos e tem um moço que a
gente apelidou de “Capitano” que não falava uma palavra a não ser em Taitiano e
era muito louco, sei lá, me identifiquei, rsrs.
Eles acendem um fogo e preparam o almoço na hora. Fazem pratos de folha
de côco trançada na hora e montam uma mesa linda e colorida com flores. Não tem
talheres, se come com a mão mesmo, e eu que tenho mania de ter nojo de mão
suja, achei estranho no início mas depois me joguei. A salmonela faz parte do
tempero, não é mesmo? J Relaxamos nessa ilha
linda, que deve ser ainda mais especial em dias muito ensolarados, pois a água
é muito clara. Acabei não fazendo o passeio de Parasail, mas arrependi
amargamente. A Andressa fala que é um dos mais lindos...
Os jantares no hotel eram bons, mas
confesso que depois daquele último dia em Tahaa, eu esperava bem mais. Para um
hotel tão luxuoso, achei que eles poderiam caprichar mais tanto na apresentação
quanto nos sabores. São 3 restaurantes, sendo o SANDS na areia (foi o que mais
gostei), O LE CORALIS (paga uma taxa a parte para ir nele, o que achei um
absurdo, já que a diária com meia pensão já é tão cara, e eu esperava o padrão
do Le Coralis nos outros), que é um restaurante mais gourmet super lindo e
gostoso, e o outro restaurante, onde é servido o café da manhã, que eu
particularmente não gostei. O dia que fomos nele era um esquema Buffet, com
muita opção, mas parecia que era para atender americanos (comida super pesada)
ou japoneses (comida mais crua qua não estava grandes coisas). Resultado,
depois só jantamos no Sands.
Em relação á bebidas, para quem gosta,
a sugestão é realmente levar uma super matula para amenizar pois lá é bem caro.
Levamos alguns vinhos na mala diretamente do Brasil e compramos no Free Shop de
Santiago Champagne e vinho Branco. Eu estava com medo pois dizem ter um limite
de 2 garrafas por pessoa para entrar na Polinésia, mas eles não fiscalizam nada
na chegada, e nos voos internos menos ainda, já que os aeroportos são só feitos
de uma pista de pouso e uma sala para tudo. O peso não foi problema, pois a
cada garrafa aberta o peso da mala ia diminuindo. Lá não se compra nada a não
ser coisas pequenas como baunilha, pérola, etc. NO dia do supermercado em
Tahaa, compramos também, 12 latões de cerveja Hinano e levamos na bolsa de mão,
o que foi super válido pois cada latão era ¼ do preço de uma latinha no hotel,
e ficávamos muito na varanda do quarto curtindo a vista e bebericando. Vale lembrar
que os corredores do hotel tem máquinas de gelo e eles também emprestam baldes,
mas como eram pequenos e o banheiro tinha duas pias enormes e limpas, usávamos
uma pia como champanheira e ficava tudo geladíssimo, hehe.
Eu levei um livro para ler e um diário
para escrever sobre a viagem, achando que eu ficaria ociosa lá. Engano puro, os
momentos de não fazer nada com aquela vista, foram os mais maravilhosos, só li
5 páginas do livro (no avião), e o diário voltou apenas com 2 dias escritos.
Enfim, fizemos tudo que tínhamos vontade em um verdadeiro paraíso.
Eu sonhava em ganhar uma coroa de
flores. Já tinha conseguido uma em Moorea toda branquinha e usei no dia do Lual
na Praia (que esqueci de mencionar mas foi ótimo, com show típico e comida
maravilhosa). Mas eu queria uma coroa em Bora Bora. Atormentamos todos os
concierges e nada. Nada de boa vontade e nada da coroa sair, ainda diziam que
poderiam conseguir mas teria que comprar. Conversamos com uma atendente da área
da piscina, e um dia ao voltar do passeio dos tubarões ela me entregou, e não
teve custo (acho que porque na noite anterior eu fiquei bem brava com um
episódio que ocorreu e fiz uma reclamação na recepção). A coroa era toda
colorida, uma coisa maravilhosa. Fiquei emocionada!!! Saí a noite para jantar
com ela me achando, e ela ainda durou para o dia seguinte passear de caiaque em
grande estilo...
No dia de ir embora, eles nos deixaram
fazer o late chek out, e como nosso voo era no início da noite, aproveitamos o
dia inteirinho, no mar, piscina, caiaque, snorkel, Stand Up (que a Leandra e o
Paulo, brasileiros que conhecemos no hotel) nos ajudaram fazer nos últimos
minutos antes de irmos embora. Para finalizar, quando o carrinho foi no quarto
nos buscar com as malas, olhei para trás já de dentro do carrinho, e lá
estava... Um pôr do sol maravilhoso atrás do Monte Otumanu, um céu alaranjado,
a água azul brilhando de dourado, tudo isso para fechar nossa despedida. Não
deu outra, fui embora chorando!!!
Por fim, a Andressa havia me dito que
o cheiro do Tahiti fica impregnado na gente, eu achei meio exagero dela mas
hoje eu entendo e confirmo o que ela disse. A florzinha de lá tem um perfume característico
único e está por toda as partes: nos canteiros dos jardins, nos cabelos das
mulheres, nas decorações do quarto, das mesas dos restaurantes, dos banheiros,
nos nossos colares. Então são dias sentindo aquele perfume maravilhoso, que
quando você não está vendo nenhuma flor por perto, ainda assim bate um ventinho
e o perfume vem. Consigo senti-lo só de contar isso.
Como não voltar apaixonada por tanta
beleza? Como não voltar apaixonada por um lugar que te recebem com sorrisos,
colares de flores perfumadas, e despedem de você te “coroando” com colares de
conchas? Como não voltar apaixonada por um lugar, que se você está sem uma flor
natural nos cabelos você está diferente de todas as outras mulheres, que andam
assim, simples, lindas e floridas!!! Ah, o cheirinho do Tahiti... A Andressa
tinha razão... Obrigada Andressa, Obrigada Deus!!!