Adeline e Rodrigo e os 15 dias no paraíso
16:49Adeline, Muito obrigada por dividir suas experiências com os leitores e futuros viajantes. Você bem sabe que quase não há ond...
16:49
Adeline,
Muito obrigada por dividir suas experiências com os leitores e futuros viajantes.
Você bem sabe que quase não há onde pesquisar, portanto, toda colaboração dos viajantes tem grande valia.
Sejam muito felizes no matrimônio!
Ps.: por algum motivo o Blogger não está aceitando fotos, como aconteceu no relato da Zellany. Espero conseguir sanar o problema. Mas coloquei uma foto da Blue Lagoon para não ficar em branco.
Beijos,
Andressa
Querida
Andressa,
Primeiramente gostaria de lhe desejar um Feliz 2013!!! E também me
desculpar pela demora para enviar meu relato. Vamos a ele:
Fomos para a
Polinésia em setembro de 2012. Tirando o transtorno que foi chegar até lá
(ficamos 12 horas no aeroporto de Santiago brigando com a LAN para obter alguma
informação sobre quando conseguiríamos embarcar) esta foi, sem dúvida, a melhor
viagem da nossa vida.
Era para
chegarmos no Tahiti a noite e ficarmos no Intercontinental Tahiti, como
chegamos no dia seguinte pela manhã, seguimos direto para o Intercontinental
Moorea. Ao chegar lá com nosso cartão Ambassador que nos garantia upgrade de
acomodação (pagamos pela mais básica de todas), qual não foi a nossa surpresa
ao sermos informados de overbooking no hotel para todas as acomodações
“normais”... tiveram que nos colocar nos bangalôs sobre as águas!!! Uhuuu!!!
Suuuper chique e aconchegante, com uma vista deslumbrante!
O hotel é
maravilhoso e o pessoal também, tratamento VIP. Logo no primeiro dia resolvemos
cair na água direto do nosso bangalô e fazer um pouco de snorkell. Havia
diversos peixes “morando” debaixo do bangalô, mas o mais legal de tudo foi
interagir com as arraias e tubarões que passavam por lá o tempo todo,
impressionante. As arraias pareciam estar acostumadas aos turistas, pois
passavam diversas delas, em fila, vinham na nossa direção, davam aquela
olhadinha amiga e desviavam de nós (até pq eu estava paralisada, então elas q
tinham q desviar mesmo). Os tubarões também são super de boa, ví até um cardume
de peixes dando um passa fora num tubarão que resolveu se habrigar debaixo do
nosso bangalô. Mas os peixes donos do pedaço se alinharam de frente pra ele,
paradinhos, formando uma grande nuvem e fazendo com q ele mudasse de idéia...
rs. Nosso bangalô era exatamente ao lado da “casa dos golfinhos”. Então, todas
as tardes, nos sentávamos na varanda para assistir ao show que eles fazem.
Em Moorea
fizemos um mergulho na Opunohu Bay. Nas explanações iniciais, o dive master nos
informou que iríamos mergulhar na Baia onde habitavam 3 espécies de tubarões,
diversos outros animais, etc. Num primeiro momento bateu um medo... eram muitos
tubarões e tinha alguns enormes! Mas aí olhei para o lado e vi uma tartaruga,
também enorme, bem ao meu lado nadando tranquilamente. Pensei que se algum
tubarão por acaso sentisse fome, eu não seria sua primeira opção... então relaxei e curti o mergulho até o fim,
apesar do enjoo e de passar mal quando voltei ao barco L. Pena q estávamos
meio tensos por ser nosso primeiro mergulho e optamos por não levar a máquina
fotográfica, era uma coisa a menos para nos preocupar.
___
De Moorea
seguimos para Raiatea, ilha q fica ao lado de Tahaa, há 10 minutos de Bora
Bora. Ficamos no Raiatea Lodge Hotel, uma pousada tudo de bom. A dona da
pousada, Karine, é uma francesa extremamente simpática e carinhosa. Cuida dos
passeios e distrações dos hóspedes pessoalmente, com uma delicadeza e paciência
muito particulares. Foi lá que aprendemos algumas expressões em tahitiano que
nos ajudaram por vários dias da nossa viagem. A pousada é simples, mas muito
confortável. Fizemos um passeio para uma fazenda de pérolas, onde nos foi
mostrado o processo de “escravidão” das ostras. Na fazenda há uma loja com
pérolas de diversas cores, tamanhos e qualidades para escolher, mas não se
engane, mesmo lá é muuuito caro (apesar de mais barato que nas lojas, a maior
vantagem é a variedade). Depois fomos ao coral garden, onde se faz snorkel e a
vida marinha é bem interessante e variada, mas sem animais grandes, apenas
peixes e outros animais pequenos, como moreas, ouriços, etc. Para quem tem
curiosidade mas não mergulha, o snorkel nos diversos coral gardens da Polinésia
é uma boa pedida, na maioria das ilhas tem. Após o snorkel fomos levados a um
motu para o tradicional almoço, com pratos bem saborosos. No motu tinha um
hospital de arraias e tubarões machucados, onde são tratados e devolvidos à
natureza. Depois do almoço fomos a uma fazenda de baunilha, onde aprendemos
sobre a plantação e o processo de produção para venda. Na fazenda tem uma
lojinha e compramos essência e baunilha em pó. Uma imagem muito marcante para
mim foi quando fomos embora, sob forte chuva, o taxi veio nos buscar e a Karine
estava na janela da casa dela, que fica no fundo da pousada, com seu bebezinho
no colo, nos dando tchau e desejando que voltássemos um dia para ficar mais
tempo, pois ficamos apenas duas noites lá. Foi uma sensação meio família, nos
sentimos muito em casa.
De Raiatea,
pegamos o Voo para Bora-Bora, enfim!!!! Mas... neste dia o céu estava
totalmente fechado. Chegamos em Bora-Bora com chuva!!! Devo confessar que
fiquei bem decepcionada num primeiro momento, por medo de chover todos os dias
rs, tanto tempo sonhando com aquela ilha e qdo eu chego lá... chove!?!?!?
Ficamos no Intercontinental Le Moana e achamos muito bom. No dia seguinte o
tempo já estava bem melhor e pudemos aproveitar o resort. Fizemos um passeio de
jet ski que circula toda a ilha, e apreciamos todas sua paisagem e os
belíssimos resorts ao redor dela. Agendamos o casamento para o dia seguinte, e
apesar de já sermos casados, bateu um nervosismo, uma ansiedade. O casamento
foi maravilhoso! E foi bem no dia do jantar típico na praia com show, então a
gente brinca que foi a festa do nosso casamento, para todos os hóspedes.
Reservaram para nós a melhor mesa, jantamos e assistimos ao show como se fosse
num camarote, muito bom. A grande surpresa (acho q a maior de toda a viagem)
veio no dia seguinte. Um casal de italianos super simpáticos nos abordaram no
café da manhã e nos contaram que haviam filmado o nosso casamento!!! Nem
acreditamos... nós contratamos apenas fotógrafo, e ficamos muuuito felizes
quando os italianos se dispuseram a nos enviar o filme por correio. Em
dezembro, eis que realmente chega na nossa caixinha de correio o DVD com o vídeo.
Eles tiveram o trabalho de editar, colocar uma abertura com a filmagem da ilha
feita do avião, fundo musical e tudo!!! Que Deus abençoe os italianos Antonio e
Laura e nos dê oportunidade de retribuir tamanha bondade espalhando coisas boas
pelos lugares por onde passarmos, assim como eles nos fizeram. No dia seguinte,
mais mergulho. Novamente encontramos os tubarões, mas desta vez com camera
fotográfica rs. E tb tartarugas... tão lindas, grandonas, até fiquei brincando
com uma delas, fazendo ela seguir a ostra que estava na minha mão e depois dei
na boquinha dela, sensacional.
De lá fomos
para Rangiroa e ficamos na pensão Raira Lagoon. É uma pensão familiar muito
simples, mas com uma vista encantadora. A Amélia nos colocou no melhor quarto,
com vista para a Lagoon. Ficamos lá no sábado e domingo e em Rangiroa, as
coisas param nestes dias. Então, chegamos lá com fome mas o dono que foi nos
buscar apenas nos deixou no quarto, explicou as regras e sumiu. Tivemos que
esperar até a noite o horário do jantar. A garçonete não falava em inglês e o
menu estava em francês, então os pratos eram sempre uma surpresa. Até demos uma
volta pela rua (só tem uma!) mas não encontramos nada aberto. Como fomos a
Rangiroa com o único intuito de mergulhar, preferimos deixar de lado a falta de
atendimento da pensão. De qualquer maneira, de todos os lugares que passamos
este é o único que não recomendo. Rangiroa é fantástica para mergulho, lindo
mesmo, mas já que estão na Polinésia, enfia o pé na jaca de uma vez e fica no
Kia Ora, que vale muito a pena. Todos os mergulhos, fizemos pela Topdive, uma
excelente empresa e o pacote com 10 mergulhos ficou mais barato do que o que
normalmente pagamos no Brasil e eles ainda te buscam no hotel e te levam de
volta. Fomos ao famoso Tiputa Pass, e realmente, toda a fama é verdadeira. Lá
tem uma quantidade imensa de vida marinha além dos animais de grande porte.
Novamente estavam lá os tubarões (a essa altura do campeonato nós já estávamos
tão acostumados com eles que nem demos muita bola), arraias manta lindíssimas,
golfinhos, barracudas, tartarugas (estas eu não me cansava de ver), etc.
Algumas áreas são como maternidades, infestadas de pexinhos minúsculos,
filhotinhos, uma graça. Enfrentamos até um congestionamento de cardumes,
tivemos que nos agarrar aos corais pq a correnteza é muito forte, e aguardar a
passagem dos peixes cujos cardumes se perdiam de vista. Entre um mergulho e
outro eramos transportados por barco para os devidos pontos de descida enquanto
os golfinhos nos acompanhavam e davam um verdadeiro show, nadando ao lado do
barco, dando saltos sincronizados, em um momento contamos mais de dez
golfinhos! Foi bem emocionante.
No dia
seguinte fomos visitar a Blue Lagoon e seus tubarões blacktip. O lugar é muito
bonito, mas o tempo novamente estava meio nublado. Este passeio organizado pela
pensão não foi dos mais agradáveis... a van que nos buscou parecia saída
diretamente do ferro velho rs. Tinha até teia de aranha...rs Eles lotam os
barcos nada confortáveis de turistas, e levam até a Blue Lagoon, que fica a
quase uma hora de distancia. Claro, que não tinha ninguém do Kia Ora, pois eles
organizam passeios exclusivos... Também fomos a uma fazenda de pérolas, a
segunda da nossa viagem. Os preços em Rangiroa eram mais baixos do que em
Raiatea, mas tinha pouquíssima variedade.
Acho que o
maior problema foi o choque tanto de tratamento quanto de estrutura. Nas duas
semanas que ficamos na Polinésia ficamos mal acostumados com tanto luxo e bom
tratamento, então como em Rangiroa a coisa foi meio na base do “se vira”,
achamos ruim. Não por sermos dependentes, mas pq estávamos simplesmente no
segundo maior atol do mundo, sem conhecimento algum do lugar (além do básico
encontrado nas pesquisas de internet). Rangiroa é lindo demais, excelente para
mergulho, mas vale caprichar na hospedagem para não perder a magia.
Enfim...
chegou a hora de voltar para casa e apesar das pequenas dificuldades
encontradas, bateu aquele sentimento tristinho como se fosse a hora de acordar
de um sonho bom.